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Esquizofrenia

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Proteção a Esquizofrenia

03/09/2019 14h25Atualizado há 5 anos
Por: Fernando Gadret
Fonte: AGAFAPE

A AGAFAPE, entidade da sociedade civil, fundada em 24 de junho de 1992, com finalidade filantrópica, sem fins lucrativos, com duração indeterminada, conforme consta em seu estatuto, CNPJ 94.954.740/0001-00, sediada em Porto Alegre, RS. Nossa entidade tem, historicamente, honrado um dos seus principais objetivos, estabelecido em seu Estatuto, qual seja o de manter estreito relacionamento com os agentes da administração pública encarregada da formação, promoção e assistência à saúde, auxiliando na superação dos problemas identificados pelas partes envolvidas, além de promover a inserção social do portador de esquizofrenia (que corresponde a 1% da população Mundial) contribuindo para o avanço do respectivo tratamento e, assim também, com os serviços de atendimento à saúde mental. Sabendo que existe, por um lado, um grande preconceito e desconhecimento por parte da sociedade quando o assunto é doença mental, e por outro lado, ainda não havendo suficiente conhecimento técnico a esse respeito, nem suficiente rede de atenção à saúde mental constituída, a AGAFAPE tem trabalhado com seu associado e familiar, procurando atingir um dos seus principais objetivos que é proporcionar melhor convívio com a família, estimulando ou incentivando o respeito próprio de cada portador da doença, de modo a aumentar suas potencialidades e inserção na sociedade. A Associação Gaúcha de Familiares de Pacientes Esquizofrênicos surgiu da necessidade de um completo engajamento de familiares a fim de unir esforços para o trabalho em prol da saúde mental. Essa iniciativa contou com o apoio e o incentivo do HCPA – 2 Hospital de Clínicas de Porto Alegre que, através do Ambulatório de Esquizofrenia, então coordenado pelo Dr. Paulo Belmonte de Abreu e, auxiliado pelo Serviço de Assistência Social daquele Hospital, na pessoa da Assistente Social Esalba Silveira, oportunizaram aos familiares o amparo técnico e físico à Associação, uma vez que a mesma pode desenvolver suas atividades durante os primeiros dois anos, naquele Hospital. Com o transcorrer do tempo, a entidade foi aumentando suas atividades, sua autonomia e, consequentemente, teve que procurar outro espaço para seu funcionamento. Isso aconteceu, nos primeiros quatro anos de existência, de forma fracionada em termos de espaço físico. As reuniões de Diretoria ocorriam, por vezes, nas residências de familiares, as Assembléias Gerais de associados assim como as reuniões plenárias aconteciam em órgãos públicos, tais como o próprio Hospital das Clínicas e a Secretaria Municipal de Saúde, que, gentilmente, desde o ano de 1993 até 1998, cedeu, quinzenalmente, seu Auditório para as atividades da Associação. Da mesma forma, durante o mesmo período, a Central de Psiquiatria, cedeu espaço quinzenal para a realização de reuniões de auto-ajuda entre os familiares. Durante um período também, pessoas simpatizantes ao trabalho e solidárias à causa, fizeram possível que os pertences e documentos da entidade estivessem guardados e viabilizaram locais para a realização de reuniões informais e confraternizações. No decorrer do ano de 2002, passados nove anos desde sua fundação, a AGAFAPE obteve a cedência de uso, pelo poder público municipal, de área federal, no 6º andar da Galeria Malcon, sito à Rua dos Andradas, nº 1560, e pôde ampliar suas atividades, especialmente com a implementação do "Atelier da Vida". 3 que foi criado para serem realizadas diariamente atividades de convívio social. Desde então, a AGAFAPE tem oferecido aos seus associados, através do seu Atelier, um local onde são desenvolvidas atividades de artes manuais, dança, arte-terapia, aulas de inglês, artes plásticas, reciclagem de papel, entre outras. Além disso, há as palestras mensais, com trocas de aconselhamento, orientações e discussão da experiência do dia-a-dia de qualquer um que conviva com pacientes portadores de esquizofrenia e outras doenças mentais, o que fortalece a coesão do grupo, a aceitação dos limites e a busca da superação da doença. Consciente da importância de sua causa, a AGAFAPE possui representantes em diferentes colegiados tais como, o Conselho Estadual de Saúde, a Comissão de Saúde Mental do Município, no CORAS-CENTRO do CMAS - Conselho Municipal de Assistência social, atuando nessas instâncias com poder de participação e de voto de modo a tornar efetivo o controle social, uma vez que, é da responsabilidade do poder público a tomada de medidas indispensáveis à manutenção e ao aprimoramento de tratamento indicado. Além da participação regular nesses colegiados, a Entidade tem se feito representar em diferentes situações, a exemplo do I Fórum Gaúcho sobre Assistência Psiquiátrica, na Assembléia Legislativa do Estado, assim como em audiências públicas na Câmara dos Vereadores de Porto Alegre, divulgando seus propósitos nos diferentes meios de comunicação (página na Internet, imprensa e folder) e, tem se engajado em reivindicações pertinentes às necessidades de seus associados junto a órgão públicos tais como a Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde,,atual 4 ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária, o Ministério Público, especialmente para a obtenção e garantia de medicamentos de uso contínuo dos portadores de esquizofrenia. assim como de outros tratamentos, tais como a implantação de CAIS Mentais e de serviço psiquiátrico de urgência. Com vistas à garantia de acesso aos serviços substitutivos e tratamento clínico, além da reinserção social, desde 2000 firmou acordo com a EPTC – Empresa Pública de Transportes do PMPA que garantiu o passe gratuito para os portadores de esquizofrenia. No desenvolvimento de suas atividades a AGAFAPE conta com o trabalho voluntário de associados e colaboradores. Tendo completado vinte e seis anos, em 2018, de existência, de lutas, contamos com inúmeros membros, sendo a maioria associados residentes em Porto Alegre, porém com muitos associados na Grande Porto Alegre, como as cidades de Viamão, Alvorada, Guaíba, Sapucaia do Sul, Eldorado do Sul, Gravataí, Canoas, São Leopoldo, Esteio, Rio Grande e Campo Bom, entre outros e, ainda, uns poucos residentes em outros estados tais como, Santa Catarina, Paraná e Rio de Janeiro. Em reconhecimento aos serviços prestados à comunidade riograndense a entidade recebeu a medalha Responsabilidade Social da Assembléia Legislativa do RS nos anos de 2001, 2003, 2004, 2005, 2006, 2008, 2009, 2010. A Medalha Cidade de Porto Alegre foi concedida pela Prefeitura de POA em 2013.