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“Por um trânsito com mais Educação” 

“DAR SETA” – “PISCA-PISCA” – “Sinalização” – “CONVERSÃO”

João Helbio Carpes Antunes

João Helbio Carpes AntunesVice Presidente da Associação Comunitária do Centro Histórico Ex Secretário Adjunto de Segurança Pública Morador do Centro Histórico

01/07/2024 15h41
Por: Fernando Gadret
Fonte: João Hélbio C. Antunes

                                           

Todos os dias nos deparamos no trânsito de nossa cidade, com motoristas infratores que se acham que tem razão, trocando de pista ao seu bel prazer com a justificativa que deram a seta, sim o fizeram mas já com a manobra em execução, fazendo com que o motorista que venha atrás faça manobras de frear o carro para não fazer uma colisão, quando recebem a buzina ou reclamação de quem está atrás, ainda ficam bravos ou dizem mas dei a seta.

E assim teríamos inúmeros casos para contar aqui, motoristas que dobram sem sinalizar se achando no direito porque estão a frente; esquecem que a via é pública e todos têm o direito de trafegar e cumprir as regras, se achando o “dono da rua” mas não fez o básico avisando os outros motoristas da sua intenção. 

Minha indignação com o que está parecendo uma nova “Lei de GERSON” no trânsito, como foi apelidado quem quer tirar vantagem em tudo sem respeitar ninguém, trago um texto de Márcia Pontes que exemplifica essa situação.

Basta alguns minutos de observação do que acontece no trânsito da nossa cidade a pé ou atrás do volante para que se tenha a certeza que o art. 196 do Código Brasileiro de Trânsito (CTB) é mesmo um dos mais desrespeitados pelos motoristas que deixam de indicar com antecedência a manobra de parar o veículo, mudar de direção ou de faixa de circulação. Que aliás, é infração grave, 5 pontos negativos na carteira e causa um furo de R$ 127,69 no bolso, além de muito sofrimento às vítimas quando a negligência vira acidente. 

Diariamente, no trânsito, pode-se observar que eles deixam de dar seta em praticamente todas as ruas da cidade: as de trânsito rápido, arteriais, coletoras e principalmente vias locais.

Fico pensando o que leva os motoristas que não dão seta a agirem assim, já que a função principal desse equipamento e desse fundamento de segurança no trânsito é manter a comunicação não só com os outros motoristas, mas também com os pedestres e ciclistas.

Muita gente reclama de que trechos específicos viram um caos no horário de pico, mas com certeza o caos seria menor se quem viesse trafegando por um trecho com rótula avisasse com antecedência acionando a chave de seta que vai entrar na próxima rua e não vai cruzar a rótula. Com certeza, menos motoristas parariam o carro na entrada da rótula e se ganharia mais tempo.

Geralmente quem não dá seta tenta justificar tal egoísmo no trânsito em função da habilidade que pensa que tem, ou que a manobra é tão rápida que nem precisa dar seta. Mas o fato é que temos de rever nossos próprios conceitos sobre trânsito, sobre segurança no trânsito e sobre a importância da comunicação entre as pessoas que estão no trânsito.

”Porque quem não dá seta acredita mesmo que a rua é toda dele e faz o que faz, incorporando bem o sentido de “dono da rua”.

Manda a direção defensiva que sinalizemos a manobra de conversão ou de mudança de faixa com, pelo menos, 100 metros de antecedência para aumentar as possibilidades de que um motorista distraído enxergue as luzes de seta piscando e avisando: “reduza que vou entrar na próxima rua.”

Outro atentado à segurança no trânsito é não manter a distância de segurança do carro da frente, assim como abusar da velocidade, andar chutado ou colado atrás do outro motorista.

Também não adianta vir chutado, frear repentinamente e dar seta só depois que a manobra está pela metade, assim como não adianta saber usar a chave de seta, mas não fazer a revisão periódica de luzes de segurança e sair por aí feito um galo cego no trânsito.

Cuidado ainda maior temos que ter com os alunos nas autoescolas, a nova geração de condutores, já que uma das faltas que mais reprova os candidatos em exames práticos de direção é não dar seta, conforme o art. 19 da Resolução 168/2004 do CONTRAN, inciso II, letra “e”, sobre as Faltas Graves e 3 pontos negativos: “e) não sinalizar com antecedência a manobra pretendida ou sinalizá-la incorretamente.”

Tem tanta gente pelas cidades afora que acha que dirige melhor que os outros, que xinga os outros de pitoco, meia roda e de tantas outras coisas, quando na verdade, eles estão se apresentando às pessoas em alto e em bom tom. Principalmente, quando mudam de faixa, convergem ou param o carro sem avisar o motorista que vem atrás.

Precisamos de mais respeito aos outros que estão no trânsito.  Precisamos de mais fiscalização.

Precisamos de mais colaboração, de mais cidadania e de menos motoristas egoístas, de menos donos da rua nesse espaço compartilhado que é o trânsito.” (Márcia Pontes)

Proponho uma cruzada contra esses maus motoristas.

 Junho 2024

João Helbio Carpes Antunes