Paulo GuarnieriAtivista político e morador do Centro Histórico
COMPRA-SE A VIDA!
(Uma crítica à cidade mercadoria)
30/04/2011
Vivendo em democracia,
Numa cidade
Onde não há cidadania,
Impera o jogo da falsidade.
Pois há quem utilize a terra
Sem abuso,
Apenas lhe interessa
O seu valor de uso.
Outra categoria,
No entanto,
Acima de tudo coloca,
Com toda hipocrisia,
Somente o valor de troca.
Sem espanto,
Compram votos,
Cargos,
Autorizações,
Amargos!
Compram leis,
Estudos,
Modificações,
Absurdos!
Compram inteligências
Pensamentos,
Consciências.
Com discurso fácil
De progresso e modernidade
Valorizam áreas da cidade.
As leis?
Se contorna,
Subverte,
Tergiversa.
Altera-se usos,
Índices,
Volumetrias.
Comete-se abusos,
Agride-se ambientes.
Cria-se demanda de vias,
Adensando,
Impermeabilizando,
E com hipocrisia,
Joga-se o custo à maioria,
A municipalidade,
Que barbaridade.
Com jeito grácil,
Promovem a exclusão,
Segregação
Do espaço
Urbano.
É desumano!
O benefício,
Pela lei, concedido
No uso da terra urbana,
Não me engana,
É mais valor na conta do bacana.
(É apoio nas campanhas).
Mas o sacana,
Quando usa,
Se lambuza!
Expulsa da
Redondeza
Toda pobreza.
Nego que rala
Toda semana,
(e é muita gente)
Não tem nem onde
Por a sua cama.
É urgente
A Reforma Urbana!!!